23 de julho de 2014

Em Deus















Deus está em cima, embaixo, à frente, atrás.
Em Deus estou em paz.

Sozinho eu não consigo,
mas em Deus eu sou capaz;
em Deus sou perspicaz.

Em Deus faço proezas,
manifesto nobreza, pureza,
fortaleza, inteireza.

Em Deus
reflito a beleza divinal
e desfruto da riqueza espiritual.

Em Deus eu sou guiado.
Em Deus estou sempre amparado.

Em Deus me sinto acolhido.
Em Deus estou sempre protegido.

Em Deus não sinto temor.
Em Deus só sinto o Amor.

Em Deus tenho infalível virtude.
Em Deus tenho perfeita saúde.

Em Deus tenho perpétua energia.
Em Deus tenho infinita alegria.

Em Deus destruo a crença no mal.
Em Deus tenho liberdade total.

Em Deus tenho todo o bem.
Em Deus eu digo “amém”.














Poema inspirado em Salmos 108:13 – “Em Deus faremos proezas”.

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Perspicaz: que vê bem; que percebe, que compreende com facilidade. Que tem agudeza de espírito, sagaz, inteligente; talentoso.

Amém: assim seja. 

26 de junho de 2014

Rico em Perdoar


Eu quero ser rico. Acho que todo mundo quer, não é mesmo? Mas será que o único jeito de ser rico é ter muito dinheiro? Será que não existe outros tipos de riqueza que não sejam materiais?

A Bíblia nos dá uma dica, quando ela recomenda: “…volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar” (Isaías 55:7).

Quando li esse trecho, pensei que eu também posso ser “rico em perdoar”. Guardar ressentimento, mágoa ou ter ódio das pessoas é a pior forma de pobreza, e saber perdoar é uma riqueza. E que riqueza maravilhosa é ser livre do rancor, da raiva e estar cheio de amor!

Quais são as vantagens de se guardar rancor ou ter raiva de alguém? Ficamos bravos ou alterados sempre que nos lembramos dessa pessoa e do problema que ela nos causou. Passamos horas pensando em como a pessoa foi injusta, nos sentindo vítimas, e desejando ou até planejando algum tipo de vingança. Que desperdício de tempo e de pensamentos! A pessoa que nos prejudicou ou ofendeu continua tocando a vida dela, enquanto nós interrompemos a nossa, ocupando nossos pensamentos com raiva e ressentimento. Esse  estado mental realmente não nos traz nenhuma benefício. É pobreza mental.

Riqueza espiritual é amar o próximo como a si mesmo. Mesmo quando achamos que ele não mereça o nosso amor.


Certa vez, minha motocicleta parou de funcionar no meio da rua, e tive de empurrá-la até achar um mecânico. No caminho, uma agente da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) começou a apitar freneticamente e me impediu de continuar por uma rua, pois era contramão. Ela me tratou mal, ameaçou me multar e me obrigou a empurrar a moto por um caminho muito mais difícil. Obedeci de mau grado e eu fiquei com muita raiva daquela mulher. Sempre que lembrava do ocorrido, eu me imaginava revidando a truculência dela e xingando-a de vários nomes feios.

Nos anos que se passaram, eu aprendi a importância do perdão e procurei não guardar rancor de ninguém, mas perdoar a todos os que me fizeram mal direta ou indiretamente (inclusive políticos). Passei a levar a sério essa frase do Pai-Nosso: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado a nossos devedores.” Eu também cometo erros. Se quero que os outros me perdoem, também eu preciso perdoar os outros.

Outro dia, eu vi um motoqueiro empurrando sua moto e me lembrei de quando passei pela mesma situação. Então percebi que nunca tinha perdoado aquela mulher, a agente da CET. Naquele momento resolvi perdoá-la. Ali mesmo, eu perdoei-a em meu coração. Que sensação boa que isso me trouxe! Senti-me em paz. Então percebi na prática como uma atitude tão simples, de perdoar, traz uma riqueza tão grande.

Deus nos ama com Seu amor infinito. Deus é Amor, e Deus sempre nos perdoa. Deus é rico em perdoar, e nós também podemos ser, se perdoarmos os outros como Deus nos perdoa, se amarmos os outros como Deus nos ama. Isso é uma riqueza maior do que todo o dinheiro do mundo, e nos traz verdadeira paz e satisfação.

2 de junho de 2014

O Pai presente

Estudos sobre criminalidade indicam cinco fatores de risco que contribuem para conduzir uma criança a ser um futuro criminoso:

  1) Lar com pai (ou mãe) ausentes.
  2) Ser filho de mãe adolescente.
  3) Ser filho de mãe com baixa instrução.
  4) Ser indesejado (os pais não queriam ter o filho).
  5) Pobreza.

Nós podemos combater a crença de que um filho de Deus esteja sujeito a todos esses fatores de risco quando reconhecemos as seguintes verdades apresentadas pela Ciência Cristã:

  1) Deus é Pai e Mãe presente. Onipresente. Deus é a única presença. Deus está em todo lugar e todos nós estamos em Deus, existimos em Deus. Deus é muito mais presente do que um pai ou mãe humanos podem ser, pois Deus está sempre com Seus filhos, quando eles estão na escola, voltando pra casa, brincando na rua, a todos os momentos. Deus é um Pai presente e amoroso, que cuida maravilhosamente bem de Seus filhos.


  2) Independente da idade da mãe humana, o filho está sujeito aos cuidados do Pai eterno, que sabe muito bem como cuidar de Seus filhos.

  3) Independente do grau de instrução de nossa mãe humana, Deus é nossa verdadeira Mãe. E Deus é mais do que uma mãe instruída, Deus é onisciente, Deus sabe tudo e sabe exatamente o que é melhor para Seus filhos. A Mãe-Deus onisciente e onipresente educa muito bem os Seus filhos, ensinando-os tudo o que eles precisam saber para serem cidadãos produtivos e felizes, que contribuem para o bem da sociedade.  


  4) Para Deus não há filhos indesejados. Deus nos deseja. Deus nos aprecia. Ele nos ama infinitamente e nos quer bem. Nada pode impedir que cada um de nós sinta esse amor infinito de Deus. Esse Amor nos envolve, nos cerca, nos protege, nos abraça com carinho. Todos nós sentimos esse Amor. E “o Amor se reflete em amor”[1]. Todos nós, sem exceção, somos um com Deus e refletimos o Amor que é Deus.

  5) Deus é um Pai rico. Infinitamente rico. Ele tem toda a riqueza do mundo e a compartilha com todos nós. É uma riqueza espiritual, que não se esgota, mas só se multiplica. É a inteligência, sabedoria, vitalidade, amor, honestidade, saúde, alegria, paz, liberdade... Estas são qualidades de Deus refletidas por nós e constituem a verdadeira riqueza espiritual, que nos traz real satisfação e enche nosso coração de gratidão e felicidade.

Como é bom termos a convicção espiritual de que Deus é um Pai-Mãe presente, que cuida, educa e ama a todos os Seus filhos, sempre. Todos os filhos de Deus sentem e refletem esse Amor infinito. Independente do cenário humano em que crescem, todos os filhos de Deus herdam a natureza divina e não têm nenhuma propensão para pecar. O que eles têm é uma irresistível propensão para amar e fazer o bem.



[1] Mary Baker Eddy, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p.17.

3 de abril de 2014

Como Orar a Deus?

Existem várias maneiras de orar a Deus. Vamos pensar em algumas delas?

Pedir.
A oração de petição é a mais comum. Mas o que devemos pedir a Deus? Coisas materiais? Dinheiro, namorado, emprego? Não. Não precisamos pedir uma coisa específica, porque “Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que Lho peçais” (Mateus 6:8). Não precisamos informar algo à Mente que sabe tudo. Deus sabe melhor do que nós aquilo que realmente precisamos, e Ele já está suprindo essa necessidade do jeito dEle, não do nosso.

Portanto, nossa oração não deve ser: “Deus, por favor, faça a minha vontade!” É melhor seguir o exemplo de Jesus e pedir “Pai, faça-se a Tua vontade e não a minha”. Isso porque a vontade de Deus é bem melhor e vai nos abençoar muito mais do que nossa vontade limitada pode conceber naquele momento.

O que mais podemos pedir a Deus? Que tal pedir inspiração? Esta é a melhor coisa que podemos pedir. “Pai, o que eu preciso saber agora? Qual é a mensagem divina que Você tem pra mim agora?” Depois de pedir, é fundamental ouvir o que Deus tem a nos dizer.

Ouvir.
Outro jeito de orar é simplesmente ouvir a Deus. Mas como podemos ouvir a Deus? Primeiro temos que ficar quietos, parar de dar atenção aos sentidos materiais e a nossos próprios pensamentos e preocupações. Depois temos de nos volver a Deus com todo nosso coração, ou seja, voltar o nosso pensamento inteiro a Deus, e tentar ouvir o que Ele tem a nos dizer.

Acredite, Deus está falando conosco o tempo todo. Nós é que precisamos estar atentos para ouvi-Lo. Mas não espere ouvir uma voz material, pois Deus é Espírito. Ele se comunica conosco através de pensamentos. Ele nos dá as ideias que precisamos ouvir. “Deus te dá Suas ideias espirituais, e elas, por sua vez, te dão suprimento diário” (Mary Baker Eddy, Escritos Diversos, p. 307).

Quando precisamos de conforto, é maravilhoso ouvir a Deus dizendo “Não temas, que Eu te ajudo” (Isaías 41:13). É comum que Deus se comunique conosco através de trechos bíblicos. Eu, por exemplo, sempre ouço Deus me dizendo: você “é meu filho amado, em quem me comprazo” (Mateus 3:17).

Negar o erro e afirmar a verdade.
Essa é uma oração típica da Ciência Cristã. Negar o mal e afirmar o bem. Negar aquilo que Deus não criou, e afirmar a perfeição da criação de Deus. Negar o que os sentidos materiais nos dizem e afirmar a verdade divina, que aparentemente é invisível, mas que vem à tona quando devidamente conhecida e reconhecida. Esse processo de pensamento nos ajuda a vencer o medo do mal, substituindo-o pela esperança e confiança em Deus, o Bem.

Ver.
Ver espiritualmente é uma forma de oração. Ou seja, buscar enxergar a verdade divina que está por trás da fachada do erro material. Ver o filho de Deus, santo e saudável, por trás do que parece ser um homem pecador e doente. Deus vê espiritualmente e Ele nos deu essa visão espiritual, essa capacidade de ver por trás das aparências.

Se achamos que isso é difícil, podemos pedir a ajuda de Deus, orando assim: “Pai, me ajude a ver essa pessoa como Você a vê, me ajude a vê-la com os Seus olhos!”. Provavelmente Jesus pedia essa ajuda ao Pai, pois sabemos que “Jesus via na Ciência o homem perfeito, que lhe aparecia ali mesmo onde o homem mortal e pecador aparece aos mortais. Nesse homem perfeito o Salvador via a própria semelhança de Deus, e esse modo correto de ver o homem curava os doentes” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p.476). Nós também podemos enxergar espiritualmente e provar que essa visão espiritual traz cura.

Sentir.
Simplesmente sentir a presença de Deus, sentir o amor de Deus por nós, é orar. Podemos reconhecer que Deus é “o Amor, que está por baixo, por cima e em volta de todo ser verdadeiro” (Ciência e Saúde, p.496). Esse reconhecimento consciente nos ajuda a sentir o amor de Deus nos envolvendo, nos protegendo, nos corrigindo, nos guiando e nos governando. Sentir Deus nos amando infinitamente é a melhor sensação que existe! E essa sensação eleva nosso pensamento e traz cura.

Agradecer.
Orar não é só pedir, é também agradecer. Agradecer a Deus por todo o bem que Ele nos dá constantemente. Quando paramos para agradecer, nós percebemos melhor as bênçãos que Deus nos deu, e apreciamos mais essas bênçãos. Essa gratidão nos traz alegria genuína.

Quando estamos reclamando, ou preocupados com nossos problemas, podemos parar, reconhecer as bênçãos que Deus nos deu e agradecer por cada uma delas. Essa oração de agradecimento é eficaz para anular um estado mental de reclamação e preocupação, e para elevar nosso pensamento a Deus, que nos dá a inspiração exata para solucionar nossos problemas.

Amar.
Orar é amar. Amar é orar. Quando amamos a Deus, nós estamos orando. Deus é nosso Pai-Mãe, que cuida de nós. Deus é nossa Mente, nosso Espírito, nossa Alma, nosso Princípio, nossa Vida, nossa Verdade e nosso Amor. Ele é Tudo para nós. Por isso é fácil amá-Lo, pois “Ele nos amou primeiro” (1 João 4:19). Nós sentimos esse Amor e retribuímos naturalmente amando-O de volta.

Amar ao próximo como a si mesmo também é uma oração. Deus ama a todos incondicionalmente, igualmente e infinitamente. Quando amamos nosso próximo nós estamos nos unindo a Deus, o Amor. Unindo-nos à Deus, a Fonte infinita do amor, fica fácil amar mesmo quem não merece nosso amor, fica fácil perdoar. Amar refletindo o Amor divino é uma oração eficaz, que nos liberta de qualquer sentimento de ódio, mágoa ou rancor.

É natural alternarmos os diversos jeitos de orar. Por exemplo, se estamos com medo de alguma coisa, podemos negar o medo: “o medo não vem de Deus e portanto não tem poder sobre mim”. Depois afirmar a Verdade: “no Amor não existe medo, antes, o perfeito Amor lança fora o medo” (1 João 4:18). Depois é natural ouvir Deus nos dizendo: “Não temas, porque Eu sou contigo; não te assombres, porque Eu sou o teu Deus; Eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a Minha destra fiel” (Isaías 41:10). Depois de ouvir essa linda mensagem divinal, a consequência natural é sentir o Amor infinito de Deus nos amando incondicionalmente. Essa sensação de estar protegido pelo Pai-Mãe Deus dissipa qualquer medo. Depois disso, podemos agradecer a Deus por ter nos livrado do medo, e nos dado coragem e paz.

O hino 298 do Hinário da Ciência Cristã começa assim: “Viste o Cristo? O Verbo ouviste? Sentes de Deus o poder?” Esse hino de Mary Baker Eddy indica três jeitos de orar já citados: ver, ouvir e sentir. E o hino continua: “A Verdade libertou, quem buscando a encontrou...” Ou seja, orar é buscar a Verdade que liberta. E podemos buscar e encontrar essa Verdade através das várias maneiras de orar.